Hoje, o tema da nossa conversa é direto e reto: pare de reclamar! Sim, sabemos que a reação inicial pode ser um pouco desconfortável, mas a ideia aqui é provocar uma reflexão sobre a postura do RH dentro das organizações.

Vivemos imersos no mundo corporativo, trabalhamos lado a lado com profissionais de RH, criamos processos e acompanhamos de perto os desafios da área. No entanto, não podemos negar que existe um certo incômodo presente na rotina do RH. Quem nunca ouviu (ou disse) frases como:

  • “Por que aquela área não me escuta?”

  • “Tudo o que a gente faz no RH acham que é só para entreter.”

  • “Ninguém valoriza o que construímos.”

E assim, seguimos dentro da nossa bolha. Já até ouvimos que o RH vive no “mundo fantástico de Bob” – uma maneira sarcástica de dizer que estamos desconectados da realidade da empresa.

Agora, vamos encarar a verdade: quantas vezes nós mesmos já reclamamos? Sim, já nos queixamos sobre não sermos incluídos em reuniões, sobre a falta de reconhecimento, sobre como nosso esforço parece invisível. Esse movimento é comum, mas precisamos reconhecer que alimentamos essa insatisfação em ciclos repetitivos.

Agora, vem a pergunta chave: o que você está fazendo para mudar esse cenário?

O RH tem um poder enorme, mas precisa querer usá-lo. Somos a área que lida com os dados e com a base humana da organização. Isso nos dá uma posição privilegiada para influenciar decisões estratégicas. Então, em vez de perder tempo reclamando, por que não investir energia em buscar mudanças reais?

O RH está no centro de tudo!

Nosso trabalho tem impacto em todas as áreas da empresa. Falamos tanto sobre a importância da comunicação e do envolvimento dos líderes, mas e nós? Como o RH tem se posicionado para promover essas interações?

Não adianta esperar que os gestores nos chamem para conversar. Precisamos ir até eles, entender suas dores, conectar o RH ao negócio. E, para isso, precisamos sair da nossa zona de conforto.

Sim, é muito mais fácil ficar enfurnado no computador, cuidando de relatórios e processos burocráticos. Mas esse é o caminho mais seguro, não o mais transformador. Queremos ser estratégicos? Então precisamos falar, agir e influenciar.

Atuar com estratégia exige escolhas!

Todo dia temos a chance de decidir como queremos trabalhar. Podemos seguir o fluxo, apenas cumprindo protocolos, ou podemos provocar mudanças reais. Se queremos visibilidade, precisamos nos movimentar de maneira estratégica.

Sabemos que nem sempre é fácil enxergar o caminho. Muitos profissionais se sentem perdidos, sem saber como agir. Mas o que para uns parece óbvio, para outros é um desafio. E tudo bem! O importante é reconhecer que errar faz parte do processo. Testar, ajustar, recomeçar.

Se você escolheu trabalhar com pessoas, esse é o jogo. O RH precisa resgatar seu verdadeiro papel e se fortalecer.

Para isso, segue alguns norteadores:

  1. Diga “chega”!

Até quando você vai se permitir ficar estagnado? Estabeleça um prazo para agir. Isso pode significar transformar sua atuação dentro da empresa ou até buscar um novo caminho.

As empresas passaram anos se adaptando às revoluções tecnológicas. Agora, no RH 4.0, a evolução passa pela humanização. A tecnologia já está lá, o próximo passo é colocar as pessoas no centro do negócio. E esse é o momento do RH brilhar!

Por muito tempo, nossa área apenas acompanhou as tendências. Agora, é hora de puxar a liderança e influenciar.

2. Quem são seus aliados?

Nenhuma transformação acontece sozinha. Toda empresa tem aliados dispostos a apoiar o RH, basta encontrá-los. Precisamos de patrocinadores internos que compartilhem nossa visão. Para isso, é fundamental construir pontes e se conectar.

Se você sente que sua empresa não dá espaço para esse tipo de trabalho, talvez seja o momento de avaliar se você está no lugar certo. Fazer diferente exige coragem e, muitas vezes, escolhas difíceis.

3. Não espere o seu gestor!

Se você é líder de RH, precisa assumir essa postura. Se não é, provoque quem está na gestão. Ajude a levar essas ideias adiante. O RH tem o poder de transformar o negócio, mas isso começa por uma escolha simples: agir ou continuar reclamando?

A decisão é sua!

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Graduada em Psicologia pela PUCRS.
Especialização em Psicologia Organizacional pela Fadergs.
Professional Coaching - SLAC - Sociedade Latino Americana de Coaching.
Analista Comportamental DISC Profiler pela Sólides.
Há mais de 16 anos na área Gestão de Pessoas ampliando sua experiência em empresas de varejo, serviço e indústria nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Minas Gerais e Goiás.

Em sua última experiência corporativa atuou como supervisora no processo de folha de pagamento e desenvolvimento de líderes e equipes.

Facilitadora e palestrante nos temas de Educação Corporativa, comunicação e feedback, ensino e aprendizagem e gestão do conhecimento.