A vulnerabilidade tem sido um tema amplamente debatido nos dias de hoje, especialmente com a popularização do trabalho da pesquisadora Brené Brown. Seu livro “A Coragem de Ser Imperfeito” e sua palestra no TED Talk ajudaram a desconstruir a ideia de que ser vulnerável é um sinal de fraqueza, mostrando, ao contrário, que ela é uma expressão autêntica de coragem.

O Mito da Fraqueza

Um dos primeiros mitos sobre a vulnerabilidade é que ela está associada à fraqueza. Muitas vezes, somos ensinados a esconder nossos sentimentos, a parecer fortes em todos os momentos e a evitar mostrar emoções consideradas “delicadas”. No entanto, ao demonstrarmos vulnerabilidade, criamos conexões mais autênticas e demonstramos força emocional. Afinal, ser vulnerável significa estar disposto a se expor, a correr riscos e a abraçar a incerteza.

Mulheres e a Percepção da Vulnerabilidade

As mulheres, em particular, muitas vezes enfrentam desafios adicionais ao expressar sua vulnerabilidade. A sociedade frequentemente as coloca em um papel de fragilidade, o que pode levar à necessidade de provar sua força de forma constante. Entretanto, a verdadeira força está na capacidade de se permitir ser autêntica, sem a pressão de corresponder a estereótipos.

O Perfeccionismo como Escudo

Brené Brown também destaca como o perfeccionismo pode ser um dos grandes inimigos da vulnerabilidade. Muitas pessoas buscam ser impecáveis em tudo o que fazem, acreditando que isso as protegerá de críticas e julgamentos. No entanto, essa busca incessante pela perfeição é exaustiva e, muitas vezes, inalcançável. Não é a perfeição que nos traz alegria e realização, mas sim a capacidade de aceitar nossas falhas e aprender com elas.

A Vulnerabilidade no Ambiente Profissional

No mundo corporativo, muitas vezes há uma grande resistência à vulnerabilidade. Líderes e profissionais sentem a necessidade de parecer inabaláveis, temendo que demonstrar emoção ou incerteza possa comprometer sua credibilidade. No entanto, lideranças que abraçam sua vulnerabilidade tendem a inspirar mais confiança e a construir relações mais genuínas com suas equipes. Quando um líder admite que não tem todas as respostas, ele convida sua equipe a colaborar de forma mais aberta e criativa.

Autoconhecimento e a Jornada para a Autenticidade

Aceitar a vulnerabilidade envolve um profundo processo de autoconhecimento. Ao reconhecermos nossos medos, inseguranças e anseios, conseguimos lidar melhor com eles. Ferramentas como a escrita terapêutica podem ser úteis para processar emoções e encontrar clareza nos momentos de incerteza.

A alegria como um sentimento vulnerável curiosamente, um dos sentimentos mais vulneráveis. Brené Brown destaca que muitas pessoas, ao vivenciarem momentos felizes, imediatamente se preocupam com algo ruim que pode acontecer. Esse reflexo de autoproteção impede que aproveitemos plenamente os momentos de felicidade.

A vulnerabilidade é um convite à autenticidade. Ao aceitarmos que somos imperfeitos, conseguimos viver de forma mais leve e conectar-nos verdadeiramente com os outros. Ser vulnerável é, na verdade, um dos atos mais corajosos que podemos praticar em nossa jornada pessoal e profissional.

Este tema e tantos outros que podem ser trabalhados, são inseridos em nosso trabalho no desenvolvimento de lideranças e equipes, no processo de mentoria e coaching. Saiba mais.

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Graduada em Psicologia pela PUCRS.
Especialização em Psicologia Organizacional pela Fadergs.
Professional Coaching - SLAC - Sociedade Latino Americana de Coaching.
Analista Comportamental DISC Profiler pela Sólides.
Há mais de 16 anos na área Gestão de Pessoas ampliando sua experiência em empresas de varejo, serviço e indústria nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Minas Gerais e Goiás.

Em sua última experiência corporativa atuou como supervisora no processo de folha de pagamento e desenvolvimento de líderes e equipes.

Facilitadora e palestrante nos temas de Educação Corporativa, comunicação e feedback, ensino e aprendizagem e gestão do conhecimento.