Vivemos numa era saturada de informações, ferramentas, livros e cursos. E mesmo assim, a pergunta persiste: por que mais um livro? Por que mais um curso? A resposta pode parecer paradoxal, mas é profundamente reveladora: porque o mais difícil é olhar para dentro.


 

A busca por satisfação e conexão, essencial no nosso quotidiano, raramente passa por ferramentas externas. O verdadeiro desafio está em navegar os territórios intangíveis da nossa vida interior. Segundo o Gallup, apenas 20% das pessoas se sentem altamente envolvidas emocionalmente no seu trabalho. A raiz desse desengajamento? Falta de conexão com o próprio sentido do que se faz.

Curiosidade pelo outro é autoconhecimento disfarçado

Num mundo onde colegas trabalham juntos por décadas sem saber detalhes básicos uns dos outros, não é de estranhar que o ambiente de trabalho se torne superficial. É ao cultivar a curiosidade pelo outro que nos permitimos o espelho: falar sobre o outro é, muitas vezes, falar de nós.

Procrastinação não é falta de tempo. É medo de mudar.

Procrastinar não é apenas adiar tarefas banais. É adiar mudanças de vida: ter um filho, mudar de carreira, tomar decisões difíceis. A neurociência explica: o nosso cérebro reptiliano busca recompensas imediatas e evita ameaças. Segundo a APA (American Psychological Association), mais de 20% dos adultos procrastinam cronicamente, não por desorganização, mas por emoções não resolvidas.

Jornada interior: a transformação invisível

Somos seres em constante transformação. O que líamos há 3 anos pode ter outro significado hoje. A cada releitura, uma nova camada de compreensão emerge, porque nós mudámos. Autoconhecimento é uma jornada sem fim, e como tal, requer entrega, presença e vulnerabilidade.

A gestão do tempo é um jogo mental

Não se trata apenas de planilhas e apps. Trata-se de protagonismo. Colocar-se como o agente da própria vida. Delegar o que não é essencial, encurtar ciclos de reflexão (semanal, mensal) e mapear o que verdadeiramente importa. Ter uma lista de tarefas é útil, mas que nela constem objetivos significativos.

Uma pesquisa da Harvard Business Review mostrou que colaboradores que têm clareza dos seus objetivos pessoais e profissionais aumentam em até 25% a sua produtividade.

Delegar é um ato de inteligência emocional

Muitas pessoas resistem a delegar por medo de perder o controlo. Outras por acreditar que ninguém fará tão bem quanto elas. Mas a verdade é que delegar liberta espaço mental e temporal para o que realmente importa. Mesmo quem não pode delegar tudo, pode reavaliar prioridades.

Celebração e sentido: os combustíveis esquecidos! Planejamento sem celebração é apenas execução mecânica. Reduz metas em micro metas. Celebra vitórias, mesmo pequenas. Elas dão sentido à jornada. Afinal, segurar as rédeas da própria vida é aceitar que não faremos tudo, mas faremos o essencial.

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Graduada em Psicologia pela PUCRS.
Especialização em Psicologia Organizacional pela Fadergs.
Professional Coaching - SLAC - Sociedade Latino Americana de Coaching.
Analista Comportamental DISC Profiler pela Sólides.
Há mais de 16 anos na área Gestão de Pessoas ampliando sua experiência em empresas de varejo, serviço e indústria nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Minas Gerais e Goiás.

Em sua última experiência corporativa atuou como supervisora no processo de folha de pagamento e desenvolvimento de líderes e equipes.

Facilitadora e palestrante nos temas de Educação Corporativa, comunicação e feedback, ensino e aprendizagem e gestão do conhecimento.