Em um cenário onde a exaustão mental é uma realidade para muitos, especialmente após períodos intensos como o que vivemos, a capacidade de inovar e criar se torna ainda mais crucial. Mas como podemos nutrir essa chama criativa e utilizar o Design de Futuros como uma ferramenta poderosa?

O Que é inovação, afinal?

A inovação é um termo frequentemente associado a algo disruptivo e fora do alcance, mas sua essência é muito mais abrangente. A pergunta central deveria ser: “Inovação para quem?” O que é novo e transformador para uma realidade pode ser comum em outra.

A inovação é movimento. É o constante aprimoramento de produtos, serviços e processos, visando trazer novidade e melhoria para as pessoas. Podemos ter:

  • Inovação Radical/Disruptiva: Cria algo totalmente novo que revoluciona um setor ou comportamento (pense no Uber, por exemplo).

  • Inovação Incremental: Melhora algo que já existe, adaptando e transformando.

A verdadeira questão que impulsiona a inovação reside em: “O que eu posso fazer hoje de diferente que vai melhorar a vida do meu cliente, do meu usuário, do meu parceiro ou até mesmo aqui dentro de casa?” É nessa reflexão diária que reside o potencial transformador.


 

Design de Futuros: não consuma, crie!

O Design de Futuros não se trata de prever o que virá, mas sim de desenhar ativamente o amanhã. É uma ferramenta que nos permite:

  • Ir além do consumo: Em vez de aceitar passivamente os futuros que nos são apresentados (pelo noticiário, por especialistas), somos convidados a refletir criticamente e a criar nossos próprios futuros, no plural.

  • Imaginação como motor: O principal ingrediente do Design de Futuros é a imaginação – a capacidade de conceber o que ainda não existe, de visualizar o diferente e o melhor.

O futuro já chegou; ele apenas não foi igualmente repartido! Isso significa que inovações já existem em diversos lugares, e nosso desafio é adaptar e criar a partir desse conhecimento.


 

Superando a exaustão mental: alimentando o repertório criativo

A exaustão mental pode dificultar o processo criativo. Para combatê-la e nutrir a capacidade de sonhar:

  • Resgate a capacidade de sonhar: O primeiro passo, muitas vezes presente em metodologias como o coaching, é reacender a habilidade de sonhar e definir para onde se quer ir.

  • Amplie seu repertório: O mundo está repleto de sabedoria. Mesmo com limitações, podemos buscar inspiração em artes, exposições online, filmes e, claro, livros. Mergulhar em novas histórias expande nossa mente.

  • Experimente no cotidiano: O ambiente doméstico virou um laboratório. Pintar uma parede, cozinhar uma receita nova, cultivar uma horta – essas pequenas experimentações não só nos tiram da rotina, mas também nos ajudam a descobrir novas habilidades e a construir repertório.


 

O medo de errar: o inimigo da inovação

A inovação exige curiosidade e experimentação, mas o medo de errar é um grande entrave, especialmente em ambientes corporativos. Em casa, é mais fácil se permitir um erro (um cabelo que não deu certo, uma receita que falhou). Nas empresas, a aversão ao erro muitas vezes leva à busca por uma “sala da inovação” perfeita, cheia de puffs e cores, que é apenas um ambiente controlado para “experimentar” sem grandes riscos.

A verdadeira inovação reside em permitir a movimentação e a experimentação gradual. Começar com pequenos testes, construir novas rotinas e entender que o erro faz parte do processo é fundamental para desenvolver uma cultura de inovação genuína.


 

Como você tem exercitado sua criatividade e sua capacidade de desenhar o futuro em seu dia a dia e na sua organização? Compartilhe suas experiências e insights!

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Graduada em Psicologia pela PUCRS.
Especialização em Psicologia Organizacional pela Fadergs.
Professional Coaching - SLAC - Sociedade Latino Americana de Coaching.
Analista Comportamental DISC Profiler pela Sólides.
Há mais de 16 anos na área Gestão de Pessoas ampliando sua experiência em empresas de varejo, serviço e indústria nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Minas Gerais e Goiás.

Em sua última experiência corporativa atuou como supervisora no processo de folha de pagamento e desenvolvimento de líderes e equipes.

Facilitadora e palestrante nos temas de Educação Corporativa, comunicação e feedback, ensino e aprendizagem e gestão do conhecimento.