Você já se perguntou qual é o momento certo para fazer uma avaliação comportamental? Talvez tenha considerado essa ferramenta apenas em contextos muito específicos, como mudanças de carreira ou desafios profissionais. Porém, o autoconhecimento proporcionado por avaliações comportamentais é relevante em qualquer fase da vida, e os benefícios vão muito além do esperado.
Existe um momento certo para a avaliação comportamental?
A resposta simples é: não. Não existe um momento único ou perfeito para realizar uma avaliação comportamental. Tudo depende dos seus objetivos e do contexto em que você está inserido.
Algumas pessoas procuram essa ferramenta ao enfrentar mudanças significativas, como transições de carreira ou novos desafios profissionais. Outras utilizam como forma de mapear competências e entender quais habilidades precisam ser desenvolvidas. Independentemente do momento, a avaliação é sempre uma oportunidade de olhar para si mesmo com mais clareza.
A importância de revisar periodicamente
Uma sugestão prática é refazer a avaliação a cada seis meses ou anualmente. Isso ajuda a acompanhar mudanças naturais que ocorrem ao longo da vida, seja por transformações no ambiente de trabalho, mudanças culturais ou novas experiências pessoais. Por exemplo, quem faz uma avaliação hoje pode perceber grandes diferenças ao comparar resultados com avaliações realizadas anos atrás.
Entendendo os perfis do DISC
O DISC, metodologia amplamente utilizada em avaliações comportamentais, classifica os comportamentos humanos em quatro perfis principais. Apesar dessa divisão em quatro quadrantes, é importante ressaltar que todos nós possuímos características dos quatro perfis em diferentes intensidades. Nosso comportamento é influenciado não apenas por nossa personalidade, mas também pelo ambiente, pelas vivências e pelo momento de vida em que nos encontramos.
Extroversão vs. Introversão: Um ponto de partida simples
Um exercício prático que costumamos utilizar antes de explicar um relatório de avaliação é perguntar:
- Você se considera mais extrovertido ou introvertido?
- Prefere lidar com pessoas ou com tarefas/processos?
Essas perguntas simples já ajudam a identificar tendências de comportamento e a situar a pessoa em um dos quadrantes do DISC. Por exemplo:
- Uma pessoa extrovertida e voltada para relações humanas provavelmente terá características de um Comunicador.
- Já alguém mais introvertido e focado em tarefas pode apresentar um perfil de Analista.
Um dos aspectos mais fascinantes da avaliação comportamental é sua capacidade de mostrar como nos adaptamos às circunstâncias. O perfil predominante pode variar conforme o ambiente, os desafios e até mesmo as nossas escolhas conscientes de comportamento.
Isso desconstrói a ideia de que estamos “presos” a uma única categoria. Nosso perfil primário é como um guia, mas podemos desenvolver competências de outros perfis para nos adaptar às demandas da vida e do trabalho.
Autoconhecimento: A chave para o equilíbrio
Independentemente do seu perfil predominante, todos os quadrantes têm pontos fortes e fracos. Não existe um perfil melhor ou pior. O segredo está em reconhecer essas características e utilizá-las a seu favor.
Por exemplo:
- Um Executor pode ser muito eficaz em alcançar resultados, mas precisa trabalhar na paciência com processos mais demorados.
- Um Planejador pode ser excelente em promover harmonia, mas deve evitar resistir a mudanças.
A avaliação comportamental é um mapa que nos ajuda a identificar nossos pontos fortes e fraquezas, permitindo que trabalhemos com mais propriedade no desenvolvimento pessoal e profissional.
Fazer uma avaliação comportamental é mais do que descobrir seu perfil: é uma oportunidade de se enxergar com mais clareza e de entender como suas ações impactam o ambiente ao seu redor. Seja para fortalecer relações, melhorar a performance no trabalho ou apenas se conhecer melhor, essa ferramenta é um convite para a evolução.
E lembre-se: o momento ideal para começar é agora. Afinal, o autoconhecimento é um investimento que traz resultados duradouros!